A cúpula do PSDB quer que o governador de São Paulo, José Serra, assuma de vez a candidatura presidencial, como parte da estratégia para ver se, depois de vitaminado pelas inserções do partido no rádio e na TV, ele pode recuperar as intenções de voto que já perdeu e superar o teto exibido nas últimas pesquisas. O PSDB tem um volume grande de inserções para exibir em rede nacional e nos Estados a partir de outubro e não quer desperdiçar o palanque disseminando dúvidas.
Para pressionar Serra a tomar uma decisão, o comando tucano tem defendido a posição de que "mostrar dois candidatos na televisão é o mesmo que não mostrar nenhum". A ideia é, sem esconder líderes nacionais, como o governador Aécio Neves (MG), fazer de Serra o personagem central dos próximos programas. Serra, que já teve 42% das intenções de voto (CNT-Sensus de agosto), apareceu com 35% das intenções na última pesquisa CNI-Ibope, divulgada na terça-feira passada.
Com o processo sucessório em curso, as articulações para compor palanques e coligações Brasil afora começaram e a indefinição prejudica o PSDB. Os negociadores dos demais partidos se recusam a tratar de alianças com dirigentes tucanos. Perguntam se o PSDB vai optar por Serra ou se há chances de o escolhido ser o governador mineiro, porque querem negociar com o presidenciável, não com uma possibilidade.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Eleição 2010: PSDB quer que Serra assuma já que é o candidato
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Serra e Aécio ampliam aliança para 2010
Um será o plano B do outro, diz tucano paulista
O governador de Sâo Paulo, José Serra e o de Minas Gerais, Aécio Neves, tornaram esta semana ainda mais amplo o compromisso firmado entre os dois com vistas à escolha, pelo PSDB, do candidato do partido às eleições presidenciais do ano que vem.
Ambos declararam que o candidato escolhido terá como "primeiro apoiador" aquele que não obtiver a indicação. "O Aécio é o meu plano B e eu sou o Plano B do Aécio. Infelizes são os que não têm plano B", disse Serra durante encontro com mais de cem prefeito no Palácio do Bandeirantes na última terça-feira.
Para o governador Aécio Neves, o PSDB vive uma realidade que outros partidos gostariam de ter: nomes à candidatura presidencial com perfis diferentes mas com objetivos iguais. "Temos apenas uma certeza, vamos estar juntos em 2010", afirmou o tucano.
A similaridade de opinião entre os dois governadores também alcança a forma com que o partido deve escolher o candidato. Ambos não excluem a realização de prévias nem o uso de pesquisas de intenção de voto para nortear a decisão do partido. Para eles, o mais importante é a decisão de um apoiar o outro.
Os dois governadores estiveram juntos esta semana em São Paulo, durante a inauguração da Casa de Minas na capital paulista e num almoço na sede do governo.
Fonte: Agência Tucana com agências
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Pressão do PSDB para que Serra se declare candidato o deixa chateado
O governador José Serra e parcela do PSDB estão em dissonância. Diante dos frequentes rumores de que Serra venha a desistir da corrida presidencial, o comando do PSDB insiste em que se comporte como candidato, ainda que sem se declarar. Serra, por sua vez, tem reclamado da pressão.
O próprio presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), tem sugerido que Serra se exponha mais. Segundo ele, um comportamento mais tímido "dá fundamento à ideia de que ele [Serra] possa desistir".
No partido, o argumento de Guerra começa a ganhar adeptos. Amigo de Serra, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem consultado tucanos sobre a eficácia da estratégia de Serra.
Serra alega que não pretende se transformar em alvo precocemente. Daí, a disposição de se manifestar apenas em 2010. Isso pavimenta, porém, a movimentação do governador de Minas Gerais, Aécio Neves.
Na quinta-feira, em almoço com o comando do DEM, Aécio lembrou que o próprio Serra tem repetido que não está decidido a concorrer à Presidência. Na conversa, Aécio descartou a possibilidade de ser vice de Serra, defendeu que a decisão seja tomada ainda este ano e até listou as vantagens de sua candidatura em comparação à do governador de São Paulo.
Segundo democratas, Aécio afirmou que tem melhor desempenho em Minas e no Rio de Janeiro. De acordo com eles, Aécio disse ter maior potencial de crescimento no Norte e Nordeste.
Para o Sul, a avaliação é de que o PSDB será vitorioso qualquer que seja o candidato. Sua performance em São Paulo dependeria do apoio de Serra a sua candidatura.
No almoço, Aécio citou a possibilidade de atrair PV, PDT e PR como outro trunfo. Ele disse, porém, que tentará compatibilizar sua agenda de viagens à de Serra, priorizando as atividades partidárias.
Os democratas cogitaram abrir mão da figura de vice na chapa pela Presidência em favor de uma puro-sangue, ideia rechaçada por Aécio.
Entre os serristas, o argumento é de que a assunção da candidatura contaminaria a relação com Aécio, cortejado para vice.
Os aliados de Serra temem, porém, que, somada às dificuldades para construção de palanques, a pressão do PSDB acabe desgastando a relação com o governador.
Serra -que hesitou minutos antes de anunciar sua saída da prefeitura para concorrer ao governo- tem manifestado inquietação com a falta de mobilização do partido. Não é à toa que, para afastar risco de desistência, o chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, chega a ironizar. "Serra vai desistir da candidatura porque recebeu uma proposta irrecusável. Integrar o movimento Hare Krishna". (CS)
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Serra cria corregedoria anticorrupção
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), instalou uma corregedoria com poderes extraordinários para rastrear e combater desvios, corrupção, improbidade e enriquecimento na administração pública. Vinculada à estrutura da Casa Civil, a Corregedoria Geral da Administração recebeu mais atribuições, competências e alargou suas áreas de atuação. A corregedoria pode inspecionar as contas de “qualquer pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos”.
Fonte: www.claudiohumberto.com.br
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Prévia no PSDB
Aécio Neves, governador de Minas Gerais, deu uma espécie de ultimato ao PSDB nacional: quer a definição do modelo de prévia para escolha do candidato a presidente da República pelo partido até o dia 30 de março, “nem um dia a mais”. Se não ocorrer, ele se consideraria “liberado”. Esse liberado tem muitos significados. Pode provocar uma dissidência no partido ou cruzar os braços na eleição para presidente. Ou criar um novo partido aproveitando os descontentes no PMDB, PSDB e outras siglas. Ou ainda, por se sentir discriminado no partido, se filiar a outro e ser candidato à presidência em 2010. A posição do Aécio veio depois da entrevista de FHC em que disse que é a favor da prévia, mas que ela é difícil de ser feita na prática. Aécio entendeu como um apoio indireto ao Serra. Posicionou-se de público e vai provocar desassossego no PSDB. Diferente do que pensam alguns no PSDB, a prévia une. Sem ela pode ocorrer o contrário. Por que não realizar a prévia? O PSDB está reclamando da campanha antecipada lançada pela Dilma Roussef. Com as prévias o partido preencheria a agenda eleitoral no país por longo tempo. Colocaria a mídia para falar somente nas prévias. Os debates seriam em todo o território nacional nos quais os candidatos Serra e Aécio compareceriam e colocavam suas idéias. Seria uma novidade na política nacional e atrairia a atenção do eleitor para uma nova prática na política partidária. Seria até uma atrativa bandeira para ser usada na campanha do ano que vem. Acredito que o Serra ganha a prévia. Tem hoje a maior parte dos diretórios do PSDB com ele. Com isso, mataria a dissidência do Aécio e o teria como forte eleitor Ter o Aécio e Minas Gerais amuados e insatisfeitos com a atuação de São Paulo não seria boa coisa para a candidatura Serra à presidência. Para ele ter sucesso tem que ter apoio da maior parte dos dois maiores colégios eleitorais do país. O que o Serra perde em participar de uma prévia? Talvez seja hoje o brasileiro mais preparado para ser presidente do país. Foi deputado federal, senador, ministro, prefeito e governador, além de formação acadêmica sólida. O problema do Serra é a falta de carisma. Talvez seja nisso que o Aécio esteja jogando. Alguém escreveu que após o estilo Lula, o brasileiro não aceitará mais um presidente ou candidato a presidente que não se comunique. Não é ser um novo Lula, mas terá que “conversar” mais com o povo. Aécio tem mais empatia que o Serra. Sua atuação deve ser mais palatável que a do Serra. Se ocorrer, poderia ainda ganhar a mídia e isso influenciar a disputa interna. Tem outro trunfo: mostrar aos eleitores na prévia que o PSDB não é só S. Paulo. A maior parte do povo brasileiro se mostrou simpático ao modelo norte americano que ajudou Barack Obama ser escolhido candidato do partido Democrata nos EUA. Assistimos aqui a disputa ali como se fosse Autor: Alfredo da Mota Menezes
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SUCESSÃO 2010: Lula, Dilma e Serra estarão juntos por 14 horas em navio no mês de maio
Por iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), passarão 14 horas juntos, dentro de um navio, da noite do dia 30 até a manhã do dia 1º de maio. Na viagem, os dois prováveis principais candidatos à sucessão presidencial em 2010 terão todo o tempo do mundo para conversar sobre as intenções político- eleitorais e até mesmo fazer críticas aos companheiros - Serra tem a competição do governador de Minas, Aécio Neves, dentro do PSDB; Dilma reclama da passividade do PT.
A viagem será feita no navio Comandante Maximiano - homenagem ao ex-ministro da Marinha Maximiano da Fonseca -por 160 milhas Atlântico a dentro, até o Poço de Tupi. No local, Lula vai acionar as máquinas para dar início à extração, ainda em fase de experiência, do petróleo do pré-sal dessa área. O presidente chamou os governadores do Rio, Sérgio Cabral, e do Espírito Santo, Paulo Hartung, ambos do PMDB, os dois com reais condições de saírem candidatos a vice numa chapa encabeçada pela ministra Dilma. Lula prefere Cabral, se houver uma aliança entre o PMDB e o PT.
Depois da cerimônia de início da extração do óleo do pré-sal, Lula, Dilma, Serra, os demais governadores e os ministros convidados serão resgatados por helicóptero -transporte que o presidente já admitiu temer. "Entro neles porque não há outro jeito, mas não sei como é que um bicho daqueles voa", declarou o presidente, no final do ano passado, em conversa com jornalistas durante um café da manhã.
A viagem de navio até Tupi, porém, não se deve apenas ao medo que Lula tem de helicópteros. Desde o ano passado a Marinha tem pressionado o presidente a aceitar um convite para uma viagem mais longa em um de seus navios. Com a descoberta das reservas do pré-sal e o início das atividades de extração de óleo em áreas muito profundas, surgiu a oportunidade de o presidente passar mais de meio dia dentro de um dos equipamentos da Marinha brasileira.
Três dias depois, Lula vai descrever no programa de rádio "Café com presidente" como foi a experiência de viajar 14 horas de navio, de chegar à área do pré-sal e das perspectivas futuras, uma vez que a partir daí a Petrobras estará pronta para iniciar as atividades de extração do óleo.
João Domingos
Brasília-AE - A Gazeta
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No PSDB, o debate sobre as prévias
Depois que o presidente Lula deixou clara a sua preferência por Dilma Rousseff como candidata à sua sucessão, representando o PT e demais partidos aliados, as atenções se voltaram para a disputa entre os tucanos. Quem será o candidato do partido à Presidência da República, José Serra ou Aécio Neves? Se o critério para a escolha levasse em conta apenas as pesquisas de opinião, Serra já poderia se considerar o candidato. Beneficiado pela exposição da última campanha presidencial, seu nome - com maior recall - aparece sempre à frente, com mais de 40% da preferência dos eleitores. O governador Aécio Neves, menos conhecido em nível nacional, aparece com menos da metade das intenções de voto do concorrente.
O problema é: Aécio aceitaria apoiar Serra como o candidato natural, ou preferencial, do PSDB? O governador tem dito que aceitaria, sim, apoiar o companheiro de partido, mas impõe algumas condições. A primeira delas: não quer uma escolha de cúpula, concentrada basicamente no diretório de São Paulo, para ser depois corroborada pela Convenção Nacional. Como alternativa, propõe a realização de eleições prévias entre os filiados e militantes do partido, à semelhança do que ocorre nas eleições americanas. Seria uma forma de democratizar o processo de escolha, tornando-o mais participativo e transparente.
Acha o governador de Minas que as prévias deveriam ser realizadas o quanto antes, ainda em 2009, para que o PSDB chegue a 2010 com um candidato definido. Já se saberia então, com grande antecedência, quem será o adversário de Dilma Rousseff na disputa pela Presidência da República. Ganhariam todos com as prévias e a antecipação da escolha: o partido, que fortaleceria a sua marca e motivaria a militância; o candidato vencedor, que passaria a ter a certeza prévia do apoio do concorrente; e até o candidato perdedor, que teria a oportunidade de expor a imagem e as idéias em nível nacional.
Visto dessa forma, o modelo parece feito sob medida para o governador José Serra. Melhor posicionado na disputa, ele seria candidato às prévias sem grande risco: consolidaria seu favoritismo junto às bases e ainda ofereceria uma alternativa honrosa ao perdedor, o governador Aécio Neves.
Em política, porém, as coisas não são tão simples. A divergência sobre a realização das prévias já começa pela data: os partidários de Aécio Neves querem que as eleições sejam programadas para este ano, se possível para o próximo mês de setembro. E por que setembro? Por que, naquele mês, encerra-se o prazo de filiação partidária para os candidatos às eleições de outubro de 2010 (a lei estabelece que os candidatos devam estar filiados aos seus partidos com pelo menos um ano de antecedência). A proposta é interpretada, pelos serristas, como a preparação de uma possível rota de fuga para Aécio Neves. Ou seja, se ele for derrotado nas prévias, ainda poderia recorrer à outra legenda - por exemplo, o PMDB - para concorrer à presidência nas próximas eleições.
Desconfianças à parte, o grupo ligado a José Serra prefere que ele seja preservado, na condição de favorito, até o primeiro semestre de 2010. Expor-se desde já a um novo processo eleitoral, depois de ter enfrentado duas eleições (prefeito e governador) num prazo de quatro anos, seria correr o risco de um enorme desgaste junto aos eleitores de São Paulo. E desgastar-se na própria base poderia significar o início do fim de uma candidatura à presidência.
Portanto, para os serristas, não há porque falar em prévias agora. No ano que vem, quem sabe, seria o momento de se pensar nisso...
Álvaro Pereira é jornalista em Brasília e escreve hoje excepcionalmente neste espaço. E-mail: alvaropereira@apcomunicacao.com.br
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